Cotidiano

Indicados a Oscar de filme estrangeiro criticam ?clima de fanatismo? nos EUA

RIO ? Os diretores dos cinco indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro anunciaram que, qualquer que seja o vencedor na categoria, o prêmio será dedicado a ativistas, jornalistas, artistas e todos os que “trabalham para promover a unidade e a compreensão e defendem a liberdade de expressão e a dignidade humana ? valores cuja proteção é mais importante agora do que nunca”.

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Num comunicado, os cineastas denunciaram ainda a ascensão do fanatismo e do nacionalismo nos Estados Unidos e criticaram a estigmatização baseada na raça, religião, sexualidade e gênero. As declarações são uma reação à ordem executiva do presidente Donald Trump suspendendo vistos para viajantes de sete países de maioria muçulmana ? Irã, Iraque, Iêmen, Líbia, Síria, Somália ou Sudão.

A ordem foi suspensa na Justiça, mas o executivo já trabalha numa nova versão. Na época, um dos cineastas, o iraniano Asghar Farhadi, diretor de “O apartamento”, anunciou que não participaria do Oscar, em protesto contra a proibição. Farhadi será representado na cerimônia por uma engenheira e um ex-cientista da NASA, ambos de origem iraniana.

Além disso, o diretor de fotografia Khaled Khateeb, de 21 anos, que trabalhou no curta documentário “The white helmets”, indicado ao Oscar, teve sua entrada proibida nos EUA e não poderá estar na cerimônia.

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A declaração foi assinada por Farhadi junto com Martin Zandvliet (?Terra de minas”, da Dinamarca), Hannes Holm (“Um homem chamado Ove”, da Suécia), Maren Ade (“Toni Erdmann”, da Alemanha) e Martin Butler e Bentley Dean (“Tanna”, da Austrália). O que você precisa saber sobre o Oscar 2017