Economia

Indicadores de inadimplência do Paraná retornam ao patamar anterior à pandemia

Apesar da pandemia, ao contrário do que era de se esperar, não houve aumento do endividamento

Indicadores de inadimplência do Paraná retornam ao patamar anterior à pandemia

Curitiba – O Paraná teve a quarta redução consecutiva no índice de famílias endividadas. Segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), 89,2% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida em novembro, mantendo o mesmo nível de outubro. Na comparação com novembro de 2019, o número de endividados é até menor, quando registrava 90,9%.

Apesar da pandemia, ao contrário do que era de se esperar, não houve aumento do endividamento. No entanto, o atraso nos pagamentos e a inadimplência tiveram alta considerável a partir de junho, o que indica que os paranaenses não fizeram novas dívidas, mas passaram a ter mais dificuldades para quitá-las.

A partir de outubro e, principalmente em novembro, a pesquisa verificou que o percentual de famílias com contas em atraso e sem condições de pagamento voltou ao patamar anterior à pandemia. No mês passado, 26% dos endividados possuíam contas em atraso – o menor índice desde maio – e 10,8% reconheciam não ter condições de pagar – ante 11,9% em outubro.

Na segmentação por faixa de renda, as famílias com ganhos mensais superiores a dez salários mínimos continuam sendo as mais endividadas, com 93,3% em novembro, com redução em comparação a outubro, quando era de 94,5%. As condições de solvência também melhoraram entre as classes A e B. O atraso no pagamento baixou de 16,5% em outubro para 15,2% em novembro e a falta de condições financeiras para quitação de dívidas saiu de 8,5% para 6,1%.

A dívida mais recorrente dos paranaenses é sempre o cartão de crédito, que teve redução na variação mensal, ao passar de 75% em outubro para 72,3% em novembro.