Cotidiano

Inclusão de propina em relatório é 'absurda', diz defesa de Cunha

2016 907367800-201605051920234172.jpg_20160505.jpgBRASÍLIA – A defesa do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) classificou como “absurda e inconstitucional” a decisão do relator do processo contra ele no Conselho de Ética da Câmara, Marcos Rogério (DEM-RO), de incluir a acusação de que Cunha recebeu propina oriunda de desvios da Petrobras no relatório final. Em nota, o advogado Marcelo Nobre diz que tal decisão pode levar o processo a estaca zero e que irá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça da Casa se o relator insistir mesmo em tomar tal atitude.

Cunha

“Caso o relator queira acrescentar nova denúncia, que se abra um novo processo. Ele não pode desrespeitar a decisão do colegiado ao aprovar a continuidade do processo centrado em uma única acusação. O deputado Marcos Rogério é um acusador ou é um relator isento?”, questiona o advogado na nota.

Na votação do parecer preliminar o relator acabou retirando do texto a acusação de vantagem indevida para garantir o voto do deputado Paulo Azi (DEM-BA). Mas avisou que era um afastamento temporário e que nada impediria de voltar a incluí-la no relatório de mérito.

Cunha decidiu comparecer ao Conselho de Ética nesta quinta-feira e fazer, pessoalmente, sua defesa no processo por quebra de decoro parlamentar