Cotidiano

Imóveis: lançamentos e vendas em SP atingem menor nível desde 2004

RIO – Os lançamentos e vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo registraram novo recuo em abril, na comparação anual, e atingiram no acumulado do ano o menor desde 2004, informou nesta terça-feira o sindicato da habitação Secovi-SP.

Para a entidade, haverá uma “tênue recuperação” da economia no segundo semestre, com diminuição da tendência de queda e início de “ligeiro crescimento” em 2017.

“Com isso, o setor imobiliário poderá iniciar a superação de sua pior crise na História, com uma recuperação longa e lenta”, disse em nota o vice-presidente de incorporação e terrenos urbanos do sindicato, Emilio Kallas.

As vendas somaram 1.182 unidades em abril, queda de 46% na comparação anual. Em relação a março, as vendas subiram 10,5%.

As 4.038 unidades vendidas de janeiro a abril representaram recuo de 18% sobre o mesmo período de 2015 e ficaram bem abaixo da média verificada de 2004 a 2015, de 7.800 unidades

O valor geral de vendas (VGV) foi de R$ 535,5 milhões no quarto mês do ano, queda de 43,5% sobre abril de 2015 e de 18% sobre março.

A capital paulista encerrou abril com 24.961 imóveis em disponíveis para venda, considerando unidades na planta, em construção ou prontos, lançados nos últimos 36 meses.

LANÇAMENTOS RECUAM 78%

Os lançamentos em abril alcançaram 695 unidades, queda anual de 78,7%, disse o Secovi, com base nos dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). Em relação a março, no entanto, os lançamentos subiram 23%.

Entre janeiro e abril, os lançamentos também tiveram o menor número desde 2004, a 2.387 unidades, recuo de 56% ante mesmo período de 2015.

Nos outros 38 municípios da região metropolitana, as vendas caíram 65,3% na comparação com abril e 42,5% sobre março. No quadrimestre, houve recuo de 25,6%, a 2.926 unidades, o menor para o período desde 2010.

O VGV de R$ 190,2 milhões foi 64,5% menor ante abril de 2015 e 40,8% inferior ao mês anterior. Já os lançamentos (934 unidades) caíram 30,9% ano a ano, mas cresceram 45% frente ao mês anterior.