Policial

Imagem de situação dos presos na PEC é divulgada 

A reportagem do Hoje News recebeu foto da situação dos presos dentro da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel). Na imagem é possível ver os encarcerados, lado a lado, somente de cueca, em um dos pátios da Penitenciária.

Ontem, familiares dos detentos fizeram novamente um protesto em frente a unidade prisional pedindo providências quanto a situação no local. Eles reclamam ainda sobre tortura e maus tratos sofridos pelos presos.

A tarde, eles foram novamente até o Fórum de Cascavel para pedir à Justiça notícias sobre os detentos, uma vez que desde o motim, ocorrido há mais de um mês, nenhuma lista oficial com o nome dos presos transferidos e dos que permanecem na PEC foi divulgada.

Desde o fim da rebelião, no dia 11 de novembro, os cerca de 780 detentos que permaneceram na unidade ficaram nos pátios. Segundo a Sesp (Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária), cerca de 500 já foram realocados nos cubículos. Ainda não há previsão de quando a PEC será novamente reformada, uma vez que o laudo pericial que apontará o que precisa ser feito ainda não foi concluído.

Na Câmara

Ontem, durante a sessão da Câmara de Vereadores de Cascavel, o padre Gustavo Luis Marmentini, da Pastoral Carcerária, apresentou a denúncia de violação de direitos humanos na PEC após a rebelião de novembro. A Pastoral, o Centro Regional de Direitos Humanos e demais entidades protocolaram no Ministério Público da Vara de Execuções Penais denúncia de crimes de tortura na unidade.

As entidades pedem a imediata apuração e punição das denúncias de crimes de tortura praticados contra presos e requer ainda que sejam adotadas as medidas judiciais para a remoção dos presos para outras unidades prisionais do Estado, até o encerramento das reparações das instalações, garantindo a segurança dos detentos e também dos agentes penitenciários.

“Há centenas de presos nos pátios, sem colchões e cobertores, seminus e sem ter nem um espaço onde fazer as necessidades. De acordo com os próprios trabalhadores, o cheiro é insuportável e as condições são precárias”.