Cotidiano

IGP-M sobe mais que o previsto, mas inflação para o consumidor recua

56111638_EC Rio de Janeiro RJ 11-04-2016 - Pessoas fazem compras no mercado Prezunic em Botafogo.jpgRIO – O IGP-M, índice de inflação geralmente associado ao reajuste de aluguéis, avançou 0,54% em dezembro, acima das previsões, e levou o indicador a fechar o ano em 7,17%. Ao consumidor, contudo, os reajustes de preços foram menores: 0,20%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), ante 0,26%, em novembro. Habitação foi o grupo que mais contribui para o recuo: caiu de 0,26% em novembro para deflação de 0,62% em dezembro. Por sua vez, neste subgrupo, a tarifa de eletricidade residencial foi o item que teve maior queda: passou de 0,81% para deflação 5,42%.

INFLAÇÃO 2912

Em novembro, IGP-M teve leve recuo de 0,03%. Em dezembro de 2015, a variação do IGP-M de dezembro ficou em 0,49%, e no acumulado do ano, 10,54%.

As projeções indicavam alta de 0,45% no mês, fechando o ano em 7,09%, conforme economistas consultados pela Bloomberg. O economista Alvaro Bandeira, do Home Broker Modalmais relativiza a importância do indicador:

? Deixou de ser importante, pois os proprietários não conseguem repassar o ajuste.

Também apresentaram decréscimo os grupos Transportes (0,53% para 0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,63% para 0,60%) e Comunicação (0,40% para 0,12%). Nestas classes de despesa, os destaques foram etanol (4,55% para 1,16%), medicamentos em geral (0,08% para -0,06%) e tarifa de telefone móvel (0,75% para 0,00%)

Na contramão, as rubricas que evitaram queda maior do custo de vida ao consumidor foram Alimentação (-0,07% para 0,21%), Educação, Leitura e Recreação (0,32% para 1,16%), Despesas Diversas (0,14% para 1,04%) e Vestuário (0,14% para 0,36%). Chamaram a atenção os aumentos de laticínios (-4,06% para -1,69%), passagem aérea (4,97% para 26,92%), cigarros (-0,14% para 2,22%) e roupas femininas (0,13% para 0,58%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em dezembro, taxa de variação de 0,36%. No mês anterior, este índice variou 0,17%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,15%. No mês anterior, a taxa havia sido de -0,05%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou taxa de 0,55%. No mês anterior, este grupo variou 0,36%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de 0,69%. No mês anterior, a taxa foi de -0,16%. O índice relativo aos Bens Finais variou -0,26%, em dezembro. Em novembro, este grupo de produtos mostrou variação de -0,82%. Contribuiu para este avanço o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -8,90% para -5,04%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, o índice de Bens Finais registrou variação de 0,12%. Em novembro, a taxa foi de 0,17%.

O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,53%. Em novembro, a taxa foi de -0,43%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção,cuja taxa de variação passou de -3,82% para -0,51%. O índice de Bens Intermediários, calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,69%, ante 0,09%, em novembro.

No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou 1,96%, em dezembro. Em novembro, o índice registrou variação de 0,90%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: minério de ferro (9,04% para 17,53%), soja (em grão) (-2,42% para 0,38%) e leite in natura (-8,78% para -6,34%).Em sentido oposto, destacam-se: café (em grão) (8,30% para -2,03%), mandioca (aipim) (8,70% para 0,84%) e milho (em grão) (-3,92% para -6,17%).