Cotidiano

Idosa que sofria maus-tratos aguarda sua transferência

Conforme Andrea, a idosa foi internada na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do Bairro Brasília com pesando apenas 32 quilos

Cascavel – Há uma semana uma família de Curitiba entrou em contato com O Paraná procurando por Renilda Messisas. A irmã dela, Romilda, há 40 anos não a via e soube que a irmã morava em Cascavel. Depois da reportagem, Romilda descobriu que a irmã já havia falecido, mas encontrou a mãe, dona Laurentina. Porém a notícia recebida por eles não foi tão boa quanto esperavam.

Segundo a nora de dona Romilda, Andrea Aparecida Lodi, ao chegarem em Cascavel, encontraram dona Laurentina, de 86 anos, completamente abandonada. “Ela estava com as pernas roxas, com uma ferida enorme nas costas, sem qualquer tipo de cuidado, sofrendo maus-tratos das pessoas que teriam que cuidar dela”.

Conforme Andrea, a idosa foi internada na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do Bairro Brasília com pesando apenas 32 quilos. “Ela apresentava um quadro grave de desnutrição, desidratação e está com infecção urinária”.

Laurentina está internada na UPA há 12 dias e a família aguarda a transferência da idosa para Curitiba, onde poderão cuidar melhor da idosa. “Queremos trazer ela pra cá, cuidar dela e dar uma vida digna”.

O Hoje entrou em contato com a Secretaria de Saúde, que confirmou a gravidade da situação. Segundo a gerente da atenção às urgências, Cristina Carnaval, a transferência independe da Secretaria. “Quem define para onde os pacientes vão é a central de leitos. Nós só conseguimos acompanhar pelo sistema, quando ela é liberada recebemos a informação por meio da Central. O Samu que é responsável pela transferência”.

Conforme o responsável pela Central de Leitos, Julio Cesar Sabino, o caso já foi repassado a Curitiba. “Temos quatro centrais macrorregionais e como a família quer levá-la para a Capital, fizemos contato com a regional e estamos aguardando a vaga. Estamos tentando fazer contato direto com algumas unidades hospitalares, mas por enquanto não temos nada definido. Pode ser que surja uma vaga daqui a cinco minutos ou pode demorar mais alguns dias”.