Cotidiano

Identificados 7 dos 26 corpos do massacre em prisão no RN

NATAL ? O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do Norte identificou até esta quarta-feira sete dos 26 corpos de detentos mortos durante guerra entre facções na Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal. A maioria (15) foi decapitada, e dois foram carbanizados. Segundo o instituto, o trabalho de identificação dos cadáveres pode demorar até um mês.

O governo do Rio Grande do Norte não descarta novos confrontos entre as duas facções emAlcaçuz.

? É possível confronto? É possível confronto porque temos 1.500 presos lá dentro e a polícia vem fazendo a separação desses presos ? disse Wallber Virgolino, secretário da Justiça e Cidadania (Sejuc) do Rio Grande do Norte. O complexo, no município de Nísia Floresta, na Grande Natal, tem capacidade para 620 presos.

Na manhã desta quarta-feira, um comboio formado por um ônibus e veículos do Batalhão de Operações Especiais e do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil chegou ao presídio para a transferência de presos. O número de detentos a serem transferidos e o destino deles não foi informado.

Ontem, presos de facções rivais voltaram a se enfrentar em Alcaçuz. A polícia precisou intervir com bombas de efeito moral e armas com bala de borracha. O clima na prisão ficou tenso durante todo o dia.

Após a nova rebelião, o governo do Rio Grande do Norte anunciou medidas emergenciais para combater a crise no sistema prisional do estado, de acordo com o G1. Entre as ações anunciadas estão a contratação de 700 agentes penitenciários temporários; a construção de obstáculo separando os pavilhões 4 e 5 dos demais; a aplicação de brita e asfalto no perímetro externo da penitenciária; e o encaminhamento de um anteprojeto de lei para a convocação de reservistas da Polícia Militar para o serviço ativo.