Cotidiano

Ibama: obras para contenção da lama em Mariana estão atrasadas

RIO – Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, a presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Suely Araújo, afirmou que as obras da Samarco para contenção da lama que vaza da barragem de Fundão, em Mariana, estão atrasadas, informa o portal de notícias ?G1?. A entrevista, na sede do instituto, em Belo Horizonte, aborda os trabalhos do instituto e do Comitê Interfederativo, que reúne autoridade de órgãos ambientes, além dos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, para definir ações sobre o desastre.

O período chuvoso aumenta a preocupação do Ibama. Entre as obras previstas está a construção do Dique S4, em Bento Rodrigues. Segundo a presidente do instituto, este dique é um ?pedacinho? da gestão dos rejeitos. Apesar do atraso, Suely disse que as obras previstas serão suficientes para estancar o vazamento.

De acordo com Suely Araújo, desde o rompimento da barragem, foram emitidas 68 notificações à Samarco, sendo algumas sobre determinações de como proceder em várias situações e outras comunicando alguma irregularidade, e aplicou sete autos de infração e fez uma série de relatório, pareceres e notas técnicas sobre o desastre. Alguns destes documentos são usados pelo Ministério Público na investigação do que ela chamou de ?acidente?.

O acidente ocorrido no dia 5 de novembro de 2015 é considerado o maior desastre ambiental do Brasil. A barragem do Fundão, da mineradora Samarco, se rompeu por volta das 16h. O resultado foi o vazamento de 62 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério. As imagens de destruição ganharam o mundo. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas. Outra consequência foi a poluição do Rio Doce e danos ambientais que se estenderam aos estados do Espírito Santo e da Bahia.