LONDRES – Pela primeira vez em cinco anos, economistas do HSBC subiram nesta quarta-feira as projeções para o crescimento mundial e para a inflação nos próximos dois anos, na expectativa de uma sólida atividade da indústria, de resiliência na China e, principalmente, do impulso fiscal nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, no entanto, o banco apontou que o ritmo de expansão ficará próximo ?das taxas medíocres? dos últimos anos. O movimento ocorre no momento em que os investidores se preparam para a chegada de Donald Trump à Casa Branca.
Na avaliação do banco, a economia britânica parece estar numa situação melhor do que se previa diante do resultado do referendo do Brexit, conhecido em junho do ano passado.
O banco agora estima uma alta de 2,5% da economia mundial em 2017, ante projeção anterior de 2,3%, feita em setembro, e de 2,6% em 2018 ? frente à estimativa anterior de 2,5%. Já o cenário para a inflação global prevê taxa de 3% em 2017 e 2,7% em 2018. No quadro anterior, as taxas eram de 2,7% e 2,5%.
?Pela primeira vez desde o começo de 2012, estamos elevando nossos prognósticos tanto para o crescimento global como para a inflação nos próximos dois anos. Infelizmente, ainda é um mundo em que a expansão global provavelmente ficará em torno das taxas de crescimento medíocres nos últimos anos?, apontou o relatório da equipe de economistas do HSBC, dirigida por Janet Henry.
As mudanças mais intensas nas projeções ocorreram nos Estados Unidos ? onde se espera alta de 2,7% em 2018 frente aos 2,2% anteriores ?, no Reino Unido ? variação de 1,2% em 2017 ante 0,7% anteriormente ? e no Japão ? alta de 1,2% em 2017 ante 0,9% na estimativa anterior.
