HONG KONG ? Um tribunal de Hong Kong proibiu nesta terça-feira que dois legisladores pró-independência assumam seus cargos. Sixtus Leung e Yau Wai-ching se recusaram a jurar lealdade à China no mês passado e, por isso, seus juramentos foram considerados inválidos. Na semana passada, Pequim interveio no sistema legal de Hong Kong, mas o juíz que proclamou a sentença disse que esta teria sido a sua decisão mesmo sem a controversa intervenção chinesa. hongkong
Eleitos democraticamente, Sixtus Leung e Yau Wai-ching provocaram polêmica ao defenderem a separação de Hong Kong da China. Eles levantaram o slogan: “Hong Kong não é a China” em sua primeira aparição no Conselho Legislativo. Enquanto isso, Pequim reforça seu controle e autoritarismo sobre o território e levanta preocupações.
Os legisladores ainda não disseram se recorrerão da decisão do tribunal. Nos últimos dias, cerca de 2 mil pessoas marcharam em silêncio para protestar contra a repressão à indendência judicial de Hong Kong.
No entanto, enquanto iso, dezenas de milhares de apoiadores do governo se manifestaram contra a promoção da independência. Embora ainda seja um tabu, o tema ganha cada vez mais espaço no território desde 2014, quando a Revolução dos Guarda-Chuvas levou dezenas de milhares de pessoas às ruas pela total independência da região ? em um claro sinal de desgaste do lema ?dois países, um sistema? na relação com a China.
Além de Leung e Yay, pelo menos quatro dos 70 legisladores de Hong Kong são favoráveis ao aumento, em diferentes níveis, da autonomia de Hong Kong. No total, a bancada pró-independência conquistou um quinto dos votos nas eleições de setembro.
