Cotidiano

Homem é condenado à prisão perpétua por morte de filho em carro

Hot Car Death Georgia

RIO – Um americano foi condenado à prisão perpétua por ter deixado, intencionalmente, o seu filho dentro do carro em um dia de verão, determinou uma juíza nesta segunda-feira.

Justin Ross Harris, de 35 anos, foi considerado culpado por homicípio culposo, bem como crueldade de primeiro e segundo grau pela morte de Cooper, um menino de um ano e 10 meses de idade. O caso aconteceu em junho de 2014.

Além disso, Harris também foi condenado pela exploração sexual de crianças por mensagens de texto enviadas a uma adolescente, o que veio à tona com as investigações sobre a morte do filho.

Parecendo exausto e vestindo um macacão laranja, uniforme usado nas prisões americanas, Harris disse apenas ?sim? e ?não? às perguntas da juiza Mary Staley Clark.

Seus advogados não ofereceram novas evidências para mitigar a sentença mas, após a decisão, afirmaram que irão recorrer. Durante o julgamento, eles descreveram o cliente como um homem com imperfeições, mas temente a Deus e que amava seu filho único. Segundo a versão apresentada, Harris simplesmente esqueceu de levar o menino à creche depois de um café da manhã entre pai e filho.

O promotor Chuck Boring, por sua vez, afirmou no tribunal que Harris cometeu um ?ato indizível? contra sua própria carne e sangue e deveria receber a pena máxima permitida. ?Há apenas uma sentença para este ato do mal. Pedimos a prisão perpétua sem liberdade condicional?, defendeu. Boring apontou ainda que o pai causou no filho uma ?agonia mental e física severa?.

Os promotores argumentaram que Harris deixou o filho sozinho para que curtisse uma vida mais livre e para que pudesse se relacionar com outras mulheres, incluindo adolescentes e prostitutas. Registros telefônicos e na internet mostram que o pai enviou mensagens a outras mulheres, incluindo uma adolescente, enquanto deixou o filho no estacionamento de seu local de trabalho por mais de sete horas.

Para a polícia, o pai demonstrou poucas emoções quando constatou a morte do menino, com exceção de alguns ataques aparentemente encenados.