Cotidiano

Hezbollah acusa extremistas pela morte de líder militar na Síria

BEIRUTE – O movimento xiita libanês Hezbollah acusou neste sábado os extremistas islâmicos sírios pela morte, na Síria, de seu comandante militar Mustafah Badreddine.

?Nossa investigação provou que a explosão em um de nossos postos nas proximidades do aeroporto internacional de Damasco, que matou o irmão comandante Mustafah Badreddine, foi provocada por um bombardeio de artilharia dos grupos takfiris presentes na região?, afirma um comunicado divulgado pelo Hezbollah, que luta há vários anos ao lado das tropas do presidente sírio Bashar al-Assad.

Nenhum grupo rebelde ou jihadista reivindicou a explosão .

Badreddine é o dirigente do Hezbollah mais importante morto desde o assassinato em fevereiro de 2008, em Damasco, de seu antecessor Imad Mughniyeh.

?Os resultados da investigação reforçarão nossa determinação e nossa vontade de prosseguir com o combate contra estes grupos criminosos e para derrotá-los. Era o desejo e a esperança de nosso querido mártir?, completa o comunicado do Hezbollah, divulgado mais de 24 horas do anúncio da morte de Badreddine.

O movimento xiita, que travou uma guerra contra Israel em 2006, acusa com frequência o país pelo assassinato de seus líderes, mas desta vez não apontou para o Estado hebreu.

Badreddine, de 55 anos, estava no comando das operações de seu movimento na Síria, um país em guerra há cinco anos entre as tropas do regime, os rebeldes e os jihadistas.

De acordo com uma fonte das forças de segurança da Síria, a explosão aconteceu na quinta-feira à noite em uma área próxima ao aeroporto de Damasco.

O Hezbollah é inimigo de Israel e considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos. O grupo virou alvo dos insurgentes e jihadistas desde sua entrada na guerra da Síria para apoiar as tropas do regime.