Cotidiano

Harley-Davidson vai pagar US$ 15 milhões por motos que poluem demais

2016 932653814-201608181438191548_RTS.jpg_20160818.jpgWASHINGTON – A companhia americana Harley-Davidson terá de pagar US$ 15 milhões por ter vendido acessórios que levam suas motos a descumprir as normas antipoluição, indicou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos nesta quinta-feira.

O Departamento acusa a Harley-Davidson de ter vendido cerca de 340 mil super-tuners, dispositivos que ajudam a aumentar o rendimento das suas motos, mas fazem com que estas não cumpram as normas de poluição impostas durante sua homologação.

A empresa também vendeu diretamente 12 mil motos equipadas com esse acessório entre 2006 e 2008.

Além de pagar uma multa de US$ 12 milhões, a Harley-Davidson deverá, como medida de compensação, destinar outros US$ 3 milhões para substituir os velhos aquecedores à lenha em comunidades locais nos Estados Unidos por calefatores menos poluentes.

COMPRA E DESTRUIÇÃO DE DISPOSITIVOS

Esta medida é parte de um programa para reduzir as emissões poluentes, seja qual for a sua origem, disse o Departamento. A fabricante de motos deverá, ainda, comprar os super-tuners que ainda estão no mercado e destruí-los.

A Harley-Davidson afirmou em um comunicado que a multa não constituía um reconhecimento de culpabilidade.

Ao contrário dos automóveis, as motos nos Estados Unidos não são submetidas a controles regulares e obrigatórios das suas emissões depois de que já estão circulando.

Desse modo, os proprietários de motos equipadas com este dispositivo não terão de se ajustar às normas, como ocorreu no caso da fabricante de automóveis Volkswagen, que instalou em alguns dos seus veículos a diesel um software que frauda as emissões de gases poluentes.

Fundada em 1903 e conhecida mundialmente pelas suas motos de grande cilindrada e de dois cilindros, a Harley-Davidson vendeu em 2015 cerca de 265 mil motos no mundo todo, 168 mil delas nos Estados Unidos.