Cotidiano

Haddad promete cargos após eleição e retira projeto de previdência

haddad.jpgSÃO PAULO – O prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT) prometeu nesta quinta-feira a criação de 96 cargos para supervisores de escolar municipais ao final da eleição. O anúncio foi feito a uma plateia de educadores durante evento organizado pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp). Haddad se comprometeu a encaminhar ao legislativo um projeto de lei assim que acabar a eleição para ampliar as vagas para essa função.

? Esse ano ainda, assim que terminar a eleição, já está pronto o PL (projeto de lei) da criação dos novos cargos de supervisores da rede por causa da expansão ? disse Haddad, que foi aplaudido.

Outra promessa feita por Haddad foi a nomeação de diretores de escola aprovados em concurso público ainda este ano. Um dia antes de participar do encontro, que teve também a presença de Luiza Erundina ( PSOL ) e João Doria (PSDB), o candidato à reeleição atendeu a uma outra reivindicação do funcionalismo. Ele retirou nesta quarta-feira um projeto sobre a previdência dos servidores municipais que estava na Câmara Municipal desde o ano passado.

Haddad explicou que tomou a decisão para evitar que o projeto fosse usado eleitoralmente. A proposta, que estava desde o ano passado na Câmara, enfrentava resistência no funcionalismo.

? O que eu fiz é um compromisso que tinha firmado de que não iria, no último ano de governo, abrir um diálogo sobre uma questão que exige fôlego, que é a previdência pública e sua sustentabilidade. Mas eu não quero também que pessoas usem (o projeto) para colocar o governo e os servidores em lados diferentes ? disse Haddad.

Após a apresentação de algumas propostas para a educação no evento sindical, o prefeito negou que o anúncio de criação de cargos para supervisor possa configurar uso da máquina na eleição.

? Como a rede expandiu muito, a semana que vem vamos celebrar mais de 400 creches abertas, você precisa de um trabalho de supervisão e chamar os diretores concursados. O jurídico (da prefeitura) entendeu que eu posso chamar os diretores concursados, que não haverá impacto orçamentário, porque apenas substituirá um temporário por um definitivo. No caso dos supervisores, alguém vai ser contra de contratar servidores? Não consigo nem imaginar alguém questionar uso da máquina. Isso é serviço essencial. Além do que são 96 cargos num universos de 150 mil servidores municipais ? justificou o prefeito.