Cotidiano

?Há morosidade nas investigações da PGR?, ataca Gilmar Mendes

2016 936901156-201609061926428745.jpg_20160906.jpgBRASÍLIA ? O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira que a Procuradoria-Geral da República é lenta nas investigações da Lava-Jato, em comparação com o Ministério Público do Paraná. A PGR conduz as apurações referentes a autoridades com foro especial, perante o STF; enquanto os procuradores de Curitiba investigam pessoas sem prerrogativa de foro, processadas na 13ª Vara Federal do estado, do juiz Sérgio Moro. A declaração de Gilmar foi dada em resposta à crítica feita nesta terça-feira mais cedo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, à morosidade da corte na Lava-Jato.

? Eu acho que há morosidade nas investigações na Procuradoria-Geral da República. Curitiba é muito mais célere do que a Procuradoria-Geral da República. Isso é evidente. Quantos inquéritos que estão abertos e não tiveram ainda denúncias oferecidas? Talvez centenas de inquéritos abertos no Supremo, mas quantas denúncias oferecidas? Portanto, a lentidão é da Procuradoria-Geral da República ? afirmou Gilmar.

Pela manhã, Janot afirmou que os inquéritos abertos no STF para investigar políticos citados na Lava-Jato tramitam com lentidão. Os primeiros foram abertos em março de 2015, a partir das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Um grupo de trabalho na PGR atua nos casos desde então.

? É o ritmo de tribunal. Tribunal não foi feito para formar processo, tribunal foi feito para julgar recurso. Quando você inverte a lógica, fica mais lento, mesmo. Mas o Supremo tomou todas as providências para melhorar, jogou para as turmas ? disse Janot.