Cotidiano

Guilherme Karam sofria da síndrome de Machado-Joseph, rara e incurável

RIO — Hereditária, a síndrome neurológica e degenerativa de Machado-Joseph — que afetava o ator Guilherme Karam, morto hoje, e que também vitimou dois dos seus irmãos, atingindo ainda uma irm㠗 ainda não tem cura ou tratamento para interromper sua progressão.

Geralmente, surge na idade adulta e não está relacionada ao gênero. Seus primeiros sintomas são sutis, e pouco a pouco o portador vai perdendo completamente a capacidade motora. No início, observa-se uma falta geral de coordenação dos movimentos, a dificuldade em caminhar e desequilíbrio do eixo corporal. Há também manifestações oculares (os olhos perdem a ação conjugada), sensação de insegurança ao descer escadas e dificuldades de fala e deglutição. Em casos específicos, o paciente apresenta movimentos involuntários, falta de sensibilidade no corpo e rigidez semelhantes às observadas no Mal de Parkinson.

A progressão da Machado-Joseph leva o paciente para a cadeira de rodas, em aproximadamente 10 anos. Quando a doença surge em pacientes mais jovens, os sintomas são mais agressivos e o prognóstico de vida é de 25 anos.