Cotidiano

Grupos pró e contra Dilma anunciam que vão recorrrer ao STF

201608261021156607.jpg-G802SP2CQ.1.jpgBRASÍLIA ? Momentos após a votação do impeachment no Senado, os grupos pró e contra a presidente deposta Dilma Rousseff anunciaram na tarde desta quarta-feira que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado de defesa, Eduardo Cardozo, vai entrar com ação contra a cassação do mandato. E o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) anunciou na que entrará com um mandado de segurança, para tentar reverter a decisão de não proibir a ex-presidente de ocupar funções públicas.

Impeachment repercute

? Hoje é um dia de luto. Vamos sim recorrer ao Supremo. Instabilidade política que causa é o impeachment,e não essa decisão (de manter os diretos) ? argumentou Cardozo.

Após seis dias de julgamento, com intensos debates e ânimos exaltados, a presidente Dilma foi afastada definitivamente pelo Senado, por 61 votos a 20. Em votação logo em seguida, o Senado também decidiu que ela poderá exercer cargos públicos após o impeachment. Os senadores votaram em separado o destaque da pergunta sobre a inabilitação para exercer cargos públicos. Foram 36 votos contra e 42, a favor, e 3 abstenções. Para ser aprovado, seriam necessários 54 votos, ou seja, os 2/3 do número de senadores da Casa, exigidos na Constituição.

Já Caiado entende que a proibição de ocupar cargos públicos é uma consequência do impeachment e não poderia ter ocorrido a votação fatiada.

? Se ela é uma má administradora e foi cassada, como vai ocupar um cargo público? São penas conjuntas ? disse o senador do DEM.

Ele criticou ainda o presidente do Senado, Renan Calheiros, e disse que o resultado nesse caso foi um acordo entre PMDB e PT.

? É um acordo entre PMDB e PT. Atingimos 61 votos pelo afastamento e teríamos os votos para a inabilitação se não tivesse a orientação do presidente Renan. É inaceitável! ? disse.