Cotidiano

Grupo usava ?laranjas? para fraudar licitações

No Paraná, a ação foi desenvolvida ontem em Guarapuava, Foz do Iguaçu, Maringá, Ponta Grossa e Curitiba

Guarapuava– Com a operação Riquixá (nome dado a uma espécie de veículo utilizado para o transporte de cargas e pessoas que pode ser pedalado ou puxado por alguém), o Ministério Público do Paraná acredita ter desvendado um complexo esquema criminoso que vinha fraudando licitações do transporte coletivo em algumas das principais cidades do Paraná.

No Paraná, a ação foi desenvolvida ontem em Guarapuava, Foz do Iguaçu, Maringá, Ponta Grossa e Curitiba. O objetivo era cumprir seis mandados de prisão, 29 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor) e 53 de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Guarapuava. Alguns implicados não são do Paraná, razão pela qual mandados foram cumpridos também em Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.

Ao longo da investigação, iniciada ainda em 2013, o MP-PR concluiu que empresários do setor, uma empresa de engenharia e advogados formaram um grupo criminoso que utilizava “laranjas” e formações societárias completas para ocultar a identidade dos seus líderes e fraudava concorrências desde 2009.

EM FOZ DO IGUAÇU

Em Foz do Iguaçu foram conduzidos à sede do Gaeco para prestar esclarecimentos o ex-prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, o ex-secretário municipal de Administração, Lincom Barros de Souza, e os empresários do transporte coletivo Cezar Henrique Alamini e Ermínio Gatti. Todos negaram envolvimento no esquema e asseguraram que a licitação do transporte coletivo em Foz foi absolutamente transparente.