Cotidiano

Grupo Schahin pede inquérito contra Lúcio Funaro por comprar juiz arbitral

SÃO PAULO ? O Grupo Schahin pediu para a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) a abertura de um inquérito policial sobre a compra por Lúcio Funaro, preso desde o ano passado pela Lava-Jato, de uma decisão de uma arbitragem na CCBC contra o grupo. O fato foi apontado, segundo o grupo, em delação premiada de Alexandre Margotto, ex-sócio de Funaro.

Em 2014, a arbitragem da CCBC deu razão a Funaro, que cobrava uma indenização milionária da Schahin por um acidente ocorrido em 2008. A decisão foi anulada em 2015 na justiça.

A delação de Margotto foi homologada pelo juiz Vallisney de Souza, do Distrito Federal. Nela, o sócio de Funaro entregou troca de mensagens por celular entre os dois em que afirma a Funaro que ambos compraram o relatório do juiz. Aos procuradores, segundo o pedido de juiz, Margotto explicou que Funaro pagou R$ 750 mil a juiz arbitral por uma sentença.

Funaro também foi citado hoje em entrevista do advogado e amigo do presidente Michel Temer, José Yunes. O advogado afirmou que Funaro retirou um envelope em seu escritório a pedido do ministro da Casa Civil Eliseu Padilha.