Durante a madrugada desta terça-feira, cerca de 30 homens invadiram um dos depósitos onde o Jornal Extra é encartado, próximo à descida da ponte, em Niterói, e levaram à força os exemplares do caderno do suplemento Mais São Gonçalo, que circula apenas naquela região e seria distribuído junto com a edição normal da publicação.
O caderno trazia em sua reportagem de capa uma denúncia a respeito do ex-presidente da Câmara Municipal de São Gonçalo, Aristeo Eduardo Teixeira da Silveira, conhecido como Gordo. Candidato a uma vaga como vereador pelo PMDB este ano, ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal por desvio de recursos públicos que seriam destinado à Saúde.
De acordo com a matéria, a denúncia do MPF mostra que “Gordo”, junto com outros três empresários, teria recebido R$ 57 mil reais provindos de verba do SUS por meio de um esquema de falsificação de guias médicas.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ), por meio de seu diretor-executivo, Ricardo Pedreira, condenou a ação do grupo e disse que a atitude apenas ressalta o desespero e o despreparo de políticos em relação ao trabalho jornalístico às vésperas da eleição.
– Quem mandou [recolher os exemplares] acha que, dessa forma, vai estar amendrontando o jornal ou que vai estar induzindo o jornal a não fazer o seu trabalho, mas ele está redondamente enganado. O jornalismo vai continuar sendo feito. O importante é que as pessoas e os homens públicos principalmente tenham entendimento da importância do jornalismo sobretudo nesse momento de decisao de voto. Importante é que a polícia apure o que aconteceu para encaminhá-los à Justiça para que os culpados e, inclusive os mandantes, sejam julgados – afirmou Pedreira.
Nenhum boletim de ocorrência foi feito nas delegacias da região.Antônio Giglio, um dos diretores da Associação de Jornaleiros de Niteroi (AJN), afirmou desconhecer o caso. Segundo ele, ao chegar na AJN no começo da manhã, tudo estava “tranquilo”. Ele disse ter se surpreendido ao saber do ocorrido e que, se a situação tivesse acontecido, ele teria tido conhecimento dos fatos.
– Quando acontece um erro de encarte, essas coisas, normalmente chega o cliente reclamando, o jornaleiro reclama que veio sem… – comentou.
DENÚNCIA INDICA DESVIO DE R$ 57 MIL
De acordo com a matéria, a denúncia do MPF mostra que “Gordo”, junto com outros três empresários, teria recebido R$ 57 mil reais provindos de verba do SUS por meio de um esquema de falsificação de guias médicas.Durante a madrugada desta terça-feira, cerca de 30 homens invadiram um dos depósitos onde o Jornal Extra é encartado, próximo à descida da ponte, em Niterói, e levaram à força os exemplares do caderno do suplemento Mais São Gonçalo, que circula apenas naquela região e seria distribuído junto com a edição normal da publicação.