Cotidiano

Grupo de entidades cobra reintegrações de áreas invadidas

Cumprimento da lei é essencial para resguardar o estado democrático de direito

Cascavel – O G8, grupo formado por oito das principais entidades de Cascavel, emitiu nota ontem sobre as invasões do MST no Paraná. Segue a íntegra: o G8 acompanha com especial interesse e preocupação os desdobramentos dos atos patrocinados pelo Movimento no interior do Paraná.

É fácil perceber os verdadeiros interesses que movem a liderança do Movimento Sem-Terra, que estão muito distantes do que prega que é a reforma agrária.

Os líderes se aproveitam da bandeira do acesso à terra, que é de fato o objetivo maior de parte das famílias manipuladas pelo MST, para obter toda forma de proveito. É como se essa luta desse passe livre para a cúpula do movimento agir à margem da lei e das regras que devem, cuidadosa e valorosamente, reger o harmonioso convívio social.

A liderança do MST se utiliza do movimento como trampolim a benesses e confortos que não teria caso cada um dos seus membros precisasse honestamente trabalhar para tanto.

Sob o manto da clandestinidade e regado pelo dinheiro público, pela nociva ideologia que ataca o regime republicano e pela omissão de setores do governo e da própria Justiça, o Movimento afronta a Constituição e se coloca, impune e arbitrariamente, acima dela.

O MST é uma das provas contundentes do sério estado de enfermidade do Brasil, que raras vezes enfrentou tão aguda crise de ética, de moral e de estabilidade política e jurídica.

O MST virou uma espécie de cartel ao enriquecimento ilícito de seus líderes. Até os minimamente letrados sabem o que governo e setores da Justiça parecem não compreender e aceitar, que o MST é uma facção criminosa que espalha medo, desordem e terror por onde passa.

Assustadores

Os depoimentos de agricultores e de empresas atingidos pelo MST são assustadores e exigem uma resposta rápida por parte das autoridades. Caso nada seja feito, segundo o que manda a lei, as consequências à sociedade e aos seus valores serão devastadoras.

Por isso, e com base em informações jurídicas sobre o caso Araupel, que comprovam absoluta legalidade de posse da propriedade pela empresa, o G8 se dirige às autoridades para cobrar o urgente cumprimento da lei nas reintegrações de posse já determinadas.

A reforma agrária se revela como um grande fracasso, porque expande bolsões de miséria também no campo. Sem apoio e estrutura, as famílias têm baixa produção e não melhoram as suas vidas e muito menos dão qualquer colaboração com o crescimento do País. A questão da regularidade de áreas é um mero subterfúgio empregado pelo MST para tentar justificar invasões a terras produtivas, induzindo inclusive a Justiça a erro.