SÃO PAULO – Sem nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os bancários mantiveram e até ampliaram a paralisação nesta sexta-feira, 11º dia de greve. Segundo balanço divulgado nesta tarde pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) ficaram fechadas nesta sexta 12.727 agências e 52 centros administrativos, o que representa mais de 50% de todas as agências do país. A Fenaban não divulga números do movimento. No último balanço divulgado pela Contraf, havia 12.068 agências fechadas.
A oitava rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, na quinta, terminou sem avanços. Após mais de duas horas de reunião, os bancos mantiveram sua proposta de reajuste de 7% para os salários e abono de R$ 3,3 mil, repetindo o que ocorreu na última terça-feira. Por isso, a orientação dos sindicatos foi reforçar a greve. A categoria pleiteia reajuste de 14,78%.
?A Fenaban entende que o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa?, disse o órgão que representa os banco, em nota, quando formalizou a atual proposta ? a oferta anterior era de reajuste de 6,5% e abono de R$ 3 mil.
Os bancários reivindicam também participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
A categoria entregou a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, a categoria soma cerca de 512 mil pessoas.
