Cascavel – A greve de peritos do Poagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária) por melhores condições de trabalho já passa de 40 dias.
Diante da reivindicação da categoria, no Paraná há uma demanda de espera por duas mil perícias. Desse total, cerca de 70% correspondem à região Oeste e Sudoeste do Estado.
Somente após o laudo, produtores que enfrentam prejuízos por conta das condições do tempo, sobretudo neste período de geadas, conseguem receber seguro rural.
O presidente da Apepa (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário), Daniel Galafassi, reconhece a necessidade de produtores que dependem de peritos para fazer a colheita, entretanto, afirma que os prejuízos dos profissionais em greve, é ainda maior. Há três anos recebemos muito abaixo dos custos e arcamos com prejuízos. Começamos a negociar no ano passado, entretanto, nada foi feito ainda, afirma.
Atualmente o valor pago pelo Banco Central aos profissionais por uma perícia do seguro rural é de R$ 230 e a reivindicação da classe é de R$ 680. Além de toda responsabilidade técnica, precisam visitar a área por duas vezes, fazer medição, fotos e independente da distância o pagamento é o mesmo, ressalta Galafassi.
A reunião que deve ser realizada neste mês pode apresentar um acordo para a categoria. Recebemos a informação que no dia 28 de julho haverá um posicionamento do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional para um novo reajuste, comenta o presidente da Apepa.
Na região Oeste 300 profissionais suspenderam as atividades, dez deles atuam em Cascavel.
