Cotidiano

Governo tem 800 cargos pendentes para estatais

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BRASÍLIA – Mais de 800 nomeações para estatais devem ser destravadas a partir desta terça-feira, quando o presidente interino Michel Temer sancionará o projeto que endurece regras para escolha de dirigentes de estatais. Os cargos, de segundo e terceiro escalão, são em vários estados.

estatais_2706O projeto foi aprovado no último dia 21 pelo Senado, que reverteu as flexibilizações feitas pela Câmara. A lei deve ser sancionada por Temer nesta terça-feira após viagem a Ortigueiras (PR), onde irá inaugurar uma fábrica de celulose no fim da manhã. Michel Temer ainda não definiu os termos finais da lei. Um dos principais pontos de discussão no Planalto é o que veda dirigentes partidários.

De acordo com o texto aprovado, parlamentares e dirigentes partidários não podem participar da diretoria e dos Conselhos de Administração das estatais. Pessoas que nos últimos três anos participaram de atividades político-partidárias, campanhas eleitorais e organizações sindicais também ficariam proibidos de assumir os postos. Funcionários com cargos de confiança no setor público também não podem ser indicados.

O próprio trâmite para essas nomeações causa ansiedade no governo interino, que tem pouco mais de 40 dias. Um auxiliar do presidente interino diz viver um “dilema” na espera, inclusive para atender a pedidos de parlamentares. Cargos mais importantes são “bancados” por ministros para tentar agilizar o processo de análises desses novos funcionários.

NOVO MODELO DE REUNIÕES

O governo interino resolveu fatiar reuniões ministeriais. Se com a presidente afastada Dilma Rousseff uma reunião tinha mais de 40 ministros, com Temer o número fica abaixo da metade. Foram estabelecidos cinco núcleos em um Ministério já menor do que o da petista. Os sub-grupos são: econômico, político, de infraestrutura, social e institucional.

A avaliação é que uma reunião com todos os ministros era “grande demais” e contraproducente”. Em cada encontro, Temer define demandas para serem atendidas em duas semanas, principalmente em busca de medidas que animem o mercado e retomem a confiança da economia.

? Vamos ter um modelo mais enxuto e amiúde. É mais racional ? diz um auxiliar do presidente interino.