Cotidiano

Governo recua e volta a exigir maior rigor de aéreas em Congonhas

BRASÍLIA. O governo recuou da decisão e voltou a apertar as empresas aéreas que operam em Congonhas — considerado o filé mignon do setor. As companhias que operam no terminal terão que manter um percentual de cancelamentos de até 10% e de atrasos de 20% para não perder slots (direito de pousar e decolar) no aeroporto, classificado como congestionado. No início do mês passado, a margem de tolerância para regularidade e pontualidade de voos havia subido, dobrado no caso de cancelamentos, para 20% e de atrasos, de 20% para 25%. A decisão foi tomada pela diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), na terça-feira.

Uma resolução do Conselho de Aviação Civil (Conac), publicada no Diário Oficial da União no início de julho determinou à Anac aplicar a todos os aeroportos regras únicas para redistribuição de slots: índices de regularidade de 80% e de pontualidade, 75%, a serem seguidos pelo órgão regulador durante a redistribuição de slots a cada temporada, quando é analisado o comportamento das empresas. Com o recuo, o aeroporto central paulista volta a ter um regulamento próprio.

O número de movimentos em Congonhas também é limitado a 34 operações, sendo 30 para a aviação regular e quatro para aviação executiva (jatinhos). O horário de funcionamento no aeroporto também é limitado a 23h.