Cotidiano

Governo promete uma nova política de conteúdo local para setor de petróleo

RIO – Representantes dos vários segmentos da indústria nacional e de
fabricantes de máquinas e equipamentos saíram bastante satisfeitos da
reunião que tiveram na última quinta0feira com Ministro-Cjefe da Casa
Civil, Eliseu Padilha, e que teve como pauta a definição de uma nova
política de conteúdo locoal para o setor de petróleo gás. De acordo
com o presidente Executivo da Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, o ministro Padilha
prometeu aos dirigentes presentes que a nova metodologia , ainda em
estudos, não será de conteúdo local global, que era um temor dos
empresários.
O presidente Executivo da Abimaq destacou que se o
governo adotasse uma política de conteúdo local global, praticamente
acabaria com a indústria nacional de máquinas e equipamentos nacional.
Isto porque em um projeto, por exemplo, de uma plataforma, os
investimentos em serviços representam 50%, e máquinas e equipamentos os
outros 50%. Ou seja, se adotar uma política de conteúdo loca global de
50%,por exemplo, isso seria atendido apenas pela prestação dos
serviços, sem a participação dos fornecedores de máquinas e
equipamentos.
Atualmente para calcular o conteúdo local de um
projeto são utilizados 68 ítens baseados na cartilha da Sétima Rodada
(de licitações de áreas). . A Abimaq defende a adoção de conteúdo
local por cinco segmentos; engenharia, serviços, máquinas e
equipamentos, materiais e sistemas.
– O ministro Padilha prometeu que
a metodologia de conteúdo local não será global, mas não disse como
será. Contudo admitiu que está em estudos entre outras, a proposta da
Abuimaq de cinco segmentos, ou até mesmo uma outra metodologia com três
segmentos. Não podemos sair do modelo do Mar do Norte para ir para o
modelo da Opep – destacou Velloso.
O presidente da Abimaq se refere
ao modelo adotado pelos países produtores de petróleo no Mar do Norte,
que estimularam o surgimento de uma indústria local de bens e
equipamentos, enquanto que países como a Nigéria e a Venezuela, membros
da O Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que não
desenvolveram sua indústria local. O executivo destacou que o setor de
máquinas e equipamentos investiu US$ 60 bilhões nos últimos anos para
atender a demanda local da indústria petrolífera, e gera milhares de
empregos, e por isso não pode ser liquidada por falta de encomendas.