Policial

Governo pode aceitar a oferta para reformar PEC

Cascavel – Sem a previsão de quando a licitação da nova reforma da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) será iniciada, e com 780 presos amontoados em um espaço de menos de meio metro quadrado por pessoa, uma das maiores preocupações da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Subseção de Cascavel é a urgência para resolver o problema, antes que uma nova rebelião exploda no presídio, destruído no início deste mês pelos detentos.

Na sexta-feira, o presidente da OAB de Cascavel, Charles Duvoisin, acenou com a possibilidade de o órgão doar material de construção e mão de obra para que a reforma seja concluída o mais rapidamente possível.

A reportagem de O Paraná conversou com o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, que acenou positivamente à oferta. “Basta ser feito um termo de convênio simples para que a OAB faça a doação e tudo corre normalmente”, disse.

Contudo, Mesquita disse que não é possível garantir que, com a doação, as obras terminem mais rápido que se houver licitação. “Talvez sim, mas devemos destacar que a obra de reconstrução da PEC está em regime emergencial e faz parte das prioridades da secretaria e também do governo do Paraná”.

Transferência

Outra reivindicação da OAB de Cascavel é com relação à transferência de presos que estão no local. Conforme o secretário, não é correto transferi-los. “Isso estimula novas rebeliões e, além disso, não há para onde enviar esses presos”.

De acordo com Mesquita, nos próximos dias alguns cubículos devem ser liberados para que os presos que estão de forma improvisada na penitenciária possam ter espaço mais adequado. “Não sabemos ao certo quantos dias, mas acreditamos que não demore mais do que 15 dias. As frentes de trabalho estão dentro da unidade prisional desde o fim da rebelião, no sábado dia 11, fazendo os reparos emergenciais”.