Curitiba Mesmo com o ajuste fiscal implantado no ano passado, o Governo do Paraná não tem dinheiro para pagar, ao mesmo tempo, as promoções e progressões e o reajusta salarial acordado com o funcionalismo público para início de 2017.
Não existe esse recurso. Não é porque o governo não quer. Não há possibilidade, com a queda de arrecadação, de atender a todas essas necessidades em 2017?, reiterou o secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, durante audiência pública ontem, na Assembleia Legislativa.
Nós reconhecemos o direito dos servidores, porém, ele vai ser pago quando houver possibilidade financeira. No momento só foi possível incluir R$ 1,4 bilhão para pagar promoções no Orçamento de 2017?, acrescentou.
Ao apresentar o desempenho das finanças estaduais aos deputados, Costa disse que o governo paranaense investiu 27,2% mais em saúde e 17,5% mais em educação entre janeiro e agosto na comparação com igual período do ano passado.
REPASSES FEDERAIS
Como já ocorreu em anos anteriores, houve diminuição nos repasses de recursos da União para o Paraná. As transferências federais apresentaram queda real de 3,75% e somaram R$ 2,8 bilhões de janeiro a agosto. O Fundo de Participação dos Estados teve redução real de 9,44%, o IPI da exportação caiu 17% e o salário educação foi 17% menor. Por outro lado, puxada pelo reajuste salarial de 10,67% concedido aos servidores em janeiro, a despesa corrente teve crescimento real de 7,58%, subindo para R$ 25,7 bilhões. As despesas com pessoal e encargos passaram de R$ 11,5 bilhões para R$ 14 bilhões, o que representa aumento real de 11,25%. O pagamento de precatórios também registrou aumento real (31,2%) e passou de R$ 543 milhões para R$ 777 milhões.
