Política

Governo mantém reajuste de 1% a servidores

Curitiba – A governadora Cida Borghetti (PP) enviou ontem à Assembleia Legislativa uma nova mensagem sobre o reajuste salarial do funcionalismo público estadual. Ela manteve a proposta de aumento de 1% para os servidores do Executivo – que estão com os salários congelados há dois anos – e reivindicam a reposição integral da inflação dos últimos 12 meses, de 2,76%. Eles alegam que têm direito ao mesmo índice de aumento garantido para os servidores do Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas, Defensoria Pública e Ministério Público.

A única mudança da proposta apresentada agora pelo governo em relação ao projeto original é a inclusão dos servidores temporários e do reajuste também das gratificações recebidas pelo funcionalismo.

O governo sustenta que não tem como pagar a reposição integral, pois as despesas com pessoal estariam no limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Além disso, alega o Executivo, um aumento maior do que os 1% oferecidos colocaria em risco o acordo de renegociação da dívida do Estado com a União. Pelo acordo, os estados se comprometeram a não aumentar suas despesas além do índice de inflação em troca da redução de juros e encargos da dívida com o governo federal.

Vale lembrar que Cida quebrou a regra prevista pelo seu antecessor, Beto Richa, que havia congelado os salários até 2019. Ao assumir o governo, em abril, Cida determinou à sua equipe que refizesse as contas para reajustar os salários. No entanto, ficou refém do limite orçamentário, especialmente com a queda na arrecadação registrada em maio devido à greve dos caminhoneiros e à crise econômica, que não dá trégua.

Votação

O projeto chegou a entrar na pauta da sessão de ontem da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, mas foi retirado a pedido dos líderes governistas. Na sessão desta quarta-feira, voltam à pauta do plenário da Casa os cinco projetos que preveem a reposição da inflação para os servidores dos demais poderes, e de 1% para os funcionários do Executivo. A votação das propostas vem sendo adiada há quase um mês por causa do impasse entre governo e servidores.

A governadora chegou a fazer um apelo público às cúpulas dos demais órgãos para que reduzissem o reajuste para seus servidores para 1%, mas a proposta não foi aceita.

Licença de Malucelli

Brasília – O empresário Joel Malucelli pediu licença da condição de primeiro suplente de Alvaro Dias, pré-candidato à Presidência pelo partido Podemos. Segundo a assessoria, o pedido foi feito por meio de carta, enviada ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) na segunda-feira (2). A suplência é uma espécie de linha sucessória para o cargo de senador e especifica, já na eleição, quem assume o cargo em caso de renúncia do titular. Agora, caso o cargo fique vago, será assumido por Severino Araújo (PSB).

De acordo com nota enviada pelo Grupo J. Malucelli, o empresário alegou à Presidência do Senado “desconforto com as tentativas injustas iniciadas ao longo da pré-campanha eleitoral para atingi-lo e, supostamente, prejudicar Alvaro Dias”.

Malucelli justificou ainda dizendo que “atualmente, dedica-se a novos negócios que exigem constante atenção e frequentes viagens, limitando a sua disponibilidade para outras tarefas”.