Cotidiano

Governo libera R$ 1,95 bi a estados para acalmar governadores

2016 917957899-2016 917879530-201606201824447470.jpg_20160620.jpg_20160621.jpgBRASÍLIA – Num esforço para acalmar os governadores, o governo vai liberar R$ 1,95 bilhão para os estados. Os recursos são relativos ao Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), que prevê o ressarcimento dos estados pela União por incentivos concedidos a empresas exportadoras. O pagamento do FEX está na medida provisória (MP) 749, publicada na noite desta quinta-feira em edição extra do Diário Oficial da União. O ressarcimento se refere ao ano de 2016.

Em sérias dificuldades financeiras, os governadores cobram a ajuda federal para conseguir pagar salários atrasados e fechar suas contas. O pagamento do FEX era uma das demandas que vinham sendo apresentadas ao Ministério da Fazenda, que estava com os repasses relativos a 2014 e 2016 atrasados.

Segundo a MP, a transferência aos estados será feita em parcela única a ser paga até o último dia de dezembro deste ano. No entanto, o Tesouro Nacional poderá prever a antecipação dos valores. Ainda de acordo com o texto, do montante que cabe a cada unidade da federação, a União entregará diretamente ao próprio estado 75% e a seus municípios, 25%.

DÍVIDAS VENCIDAS

A medida também informa que o Tesouro poderá descontar da parcela de cada estado os valores de dívidas vencidas. Em primeiro lugar ficam as dívidas não pagas com a União, depois as contraídas com garantia da União, inclusive dívida externa, e depois aquelas feitas com entidades da administração federal indireta.

Os estados ainda têm uma longa pauta de reivindicações para a União. A principal delas é ter uma fatia maior dos recursos que serão arrecadados com o programa de repatriação, que prevê a regularização de ativos enviados ilegalmente ao exterior. Os governadores querem mudar a lei para que eles tenham acesso não apenas ao que a Receita Federal vai arrecadar com Imposto de Renda (IR), mas também à multa que será paga pelos contribuintes.

Embora o Fisco seja contra a essa partilha, o Palácio do Planalto já deu o sinal verde para a mudança da lei. A ideia é que se o valor arrecadado com multa superar R$ 25 bilhões, o que exceder será compartilhado com os governadores. Eles também pediram para ter um aval mais rápido do Tesouro a R$ 7 bilhões em operações de crédito. O Ministério da Fazenda já prometeu dar uma solução a esse pedido na semana que vem