Cotidiano

Governo libera R$ 100 milhões para gastos das Forças Armadas

RIO ? Por meio de uma medida provisória, o governo federal abriu crédito extraordinário de R$100 milhões para o ministério da Defesa arcar com as despesas com o emprego das Forças Armadas na região metropolitana do Rio e no Espírito Santo, nas Operações Capixaba e Carioca, e com varreduras em presídios. De acordo com a MP, R$ 50 milhões serão destinados para as ações ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e os outros R$ 50 milhões nas vistorias das prisões.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, explicou que a MP assegura à Defesa uma ?espécie de conta-corrente?: quando as Forças Armadas apresentarem o custo de cada operação poderão ?sacar? os recursos para cobrir as despesas. O valor que restar ao fim das operações serão usados para cobrir gastos com ações futuras.

A MP agrupa os valores em dois itens: custeio e investimento. Assim, para cada um deles foram colocados à disposição R$ 40 milhões para custeio e R$ 10 milhões para investimento. O ministério da Defesa terá 80% dos R$ 100 milhões para logística, como por exemplo, a mobilização das tropas e alimentação dos militares. Os 20% refere-se à aquisição, por exemplo, de coletes e capacetes, equipamentos que ficarão à disposição das tropas.

VISTORIAS EM PRESÍDIOS

Nesta terça-feira, as Forças Armadas iniciaram a operação varredura em presídios. Fuzileiros navais estão, desde as primeiras horas do dia, em busca de drogas, armas e aparelhos celulares, no Pavilhão 5 da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, conhecida como Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Em janeiro, presos de duas facções criminosas que brigam pelo controle do tráfico de drogas no estado se enfrentaram dentro da pentienciária deixando pelo menos 26 presos mortos.

As tropas já estiveram na Penitenciária Estadual de Parnamirim; na Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio e na Cadeia Pública de Mossoró, ambas situadas em Mossoró; e no Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato, conhecido como Cadeia Pública de Natal.

De janeiro até hoje, as Forças Armadas vistoriaram prisões em Manaus (AM), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS). Com os presos, as tropas encontraram armas brancas, CDs, aparelhos celulares e carregadores, entorpecentes, dentre outros produtos que não deveriam estar no interior das unidades prisionais.

A ação nas prisões brasileiras, de acordo com o decreto assinado por Temer, tem duração de um ano. Já as ações de GLO precisam ser editadas toda vez que o governo estadual apresentar ao Planalto razões para o emprego das tropas federais, como, por exemplo, o esgotamento das policiais locais para garantirem a segurança pública.