Cotidiano

Governo do Paraná e MST abrem diálogo

Curitiba – Durante reunião no fim da tarde de quarta-feira no Palácio Iguaçu, o governador Beto Richa e representantes do MST (Movimento dos Sem-Terra) discutiram uma pauta conjunta sobre as questões fundiárias. Ficou acertado que o Estado dará suporte ao Incra em uma força-tarefa para assentar as 10 mil famílias que vivem em acampamentos no Estado. 

O assessor especial para Assuntos Fundiários, Hamilton Serighelli, ressaltou que, ao longo dos últimos cinco anos, o Estado vem atendendo as demandas do movimento nas áreas da saúde, educação, cultura, esporte e na produção agropecuária.

“Foi uma reunião produtiva e de pacificação. Nunca perdemos de vista a mesa de negociação e o entendimento”, disse Serighelli. “Desde 2011, estabelecemos o programa Paz no Campo. É isso que o governador e movimento querem. Todo o processo que temos é de entendimento e negociação”, ressaltou. 

DIÁLOGO

O Paraná conta hoje com cerca de 19,2 mil famílias assentadas, além de 66 áreas de acampamentos. “A reunião foi bastante simbólica, porque restabelece um processo de diálogo na busca, principalmente, do assentamento das 10 mil famílias acampadas no Paraná”, afirmou Diego Moreira, da coordenação estadual do MST. “O Governo do Estado se apresenta aberto para o processo de mediação política e o Incra também se compromete a apresentar um plano imediato para assentar essas famílias”, ressaltou.

TERRA EXISTE

O Paraná tem 66 acampamentos, com cerca de 10 mil famílias. Segundo o superintendente estadual do Incra, Newton Bezerra Guedes, que participou do encontro com o governador e o MST, o órgão tem áreas que somam 120 mil hectares, com potencial para assentar essas famílias. “Nós precisamos de um pouco mais de tempo para concluir a obtenção das terras, porque tem processos de compra, desapropriação, dívidas”, disse. 

PRESENÇAS

Também participaram da reunião o diretor nacional do Incra, Leonardo Goes Silva; o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o procurador do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, e os deputados estaduais Felipe Francischini e Professor Lemos, além de vários outros dirigentes do MST.