Cotidiano

Governo central registra déficit primário recorde de R$ 51,1 bilhões até julho

2015_844599666-dinheiro_2.jpg_20150828.jpgBRASÍLIA. O Tesouro Nacional alterou o local da divulgação do resultado das contas públicas do governo central (que inclui Previdência Social, Tesouro Nacional e Banco Central) para evitar que uma manifestação dos servidores do órgão atrapalhasse a entrevista. Mobilizados por uma equiparação com os servidores da Receita Federal, que conseguiram negociar com o governo um bônus de eficiência, os funcionários se posicionaram em frente ao auditório do Ministério da Fazenda, onde geralmente ocorrem as divulgações, com apitos e faixas.

A coletiva foi alterada para o sexto andar do prédio. Ao saberem da mudança, os servidores se dirigiram para o novo local e chegaram a tentar impedir que os jornalistas chegassem à sala. Os repórteres tiveram que recorrer ao elevador privativo do ministro.

Nos últimos anos, as carreiras da cúpula econômica do país tiveram tratamento similar do ponto de vista de negociação salarial. Por isso, os servidores do Tesouro estão irritados com o benefício diferenciado para os funcionários da Receita. Para eles, a diferenciação foi um equívoco do governo. Além do reajuste parcelado até 2019, os auditores-fiscais conseguiram enviar ao Congresso um projeto de lei com valorização do plano de carreira da categoria e um bônus de eficiência que sairá de um fundo que reúne parte das multas aplicadas pelos profissionais. Os funcionários do Tesouro receberam o reajuste, sem bonificação.

Segundo os manifestantes, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, se reúne na tarde desta terça-feira com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Um possível aumento teria que ser negociado diretamente com a pasta.