Cotidiano

Governador do RN diz que situação está sob controle, apesar de presos ocuparem telhados

BRASÍLIA – O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), afirmou na manhã desta terça-feira que a situação na penitenciária de Alcaçuz, em Natal, está sob controle, apesar de dezenas de presos ainda estarem circulando pelo interior do estabelecimento e ocupando os telhados dos pavilhões. Faria disse que dez líderes do PCC foram retirados da prisão e que serão transferidos para penitenciárias federais.

O governador pediu ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, reforço do apoio da Força Nacional de Segurança Pública e também que uma aeronave da Polícia Federal transfira essas lideranças para outros locais.

Robinson Faria disse ainda que a polícia não pode retirar os presos que estão em cima dos telhados sob o risco de haver mais mortes ainda. Ele afirmou que nessa chacina não morreram agentes penitenciários e nem policiais. O governador também afirmou que os integrantes do PCC, que já estavam separados num pavilhão exclusivo, sejam colocados numa unidade prisional exclusiva para eles. Faria ainda disse que o que ocorreu no estado foi uma retaliação do PCC com o que ocorreu no Amazonas, quando integrantes dessa facção foram assassinados.

? Extraímos os líderes, que ameaçaram até incendiar Natal. Vamos deslocar todos (dez) para presídios federais. Isso enfraquece um pouco, mas a guerra é permanente. É preciso separar em outro presídio o PCC de outras facções ? disse Faria.

? Nunca vi uma barbárie como essa, nem em filme de terror. Cortar cabeça e fazer fogueira de cabeças. Querem intimidar e causar pânico na população. Mas o estado não pode ser intimidado.

? O governo tem o controle da situação. Tanto que conseguimos retirar os líderes do PCC sem ter mortes. As armas foram retiradas e pedaços de ferro também. Destruíram instalações ? disse o governador, questionado em seguida pela presença de presos ainda em cima de telhados.

? Mas o que estado vai fazer? Vai entrar e vai matar?! Vamos fazer a separação. O PCC vai para um presídio e o Sindicato RN (outra facção) vai para outro. Mas agora, essa briga não é do Rio Grande do Norte. É vingança do que ocorreu no Amazonas.