Cotidiano

Governador de Goiás diz que União aceita dividir recursos da nova repatriação

2016 892136541-2016 879250821-2016 879176108-geral - euros.jpg_20160109.jpg_.jpgBRASÍLIA – O governador de Goiás, Marconi Perillo, disse nesta quarta-feira, após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que o governo federal se comprometeu a dividir com Estados e municípios a arrecadação com multas e impostos decorrente da reabertura do prazo de repatriação de recursos do exterior a ser aberto em 2017. Um projeto já tramita no Senado sobre o tema.

? Há um compromisso do Ministério da Fazenda de que, nesse projeto, já haja essa previsão de compartilhamento de imposto de renda e multas com os estados e municípios. E é isso que está na Lei Complementar ? disse Perillo, lembrando que o estado e outros governadores já disputam na Justiça a divisão dos recursos arrecadados com a repatriação deste ano.

Segundo Perillo, os governadores estão unidos em discutir com o Congresso e o governo meios para reestruturação de suas dívidas, diante da situação ?quase que falimentar? de alguns estados. Citando o caso do Rio, ele se colocou contra a possibilidade de intervenção federal, defendida por alguns deputados, segundo ele.

? Será que interessará ao governo federal realizar uma intervenção no Rio e ter de assumir um déficit de R$ 50 bilhões? Tenho certeza de que, em hipótese alguma, alguém vai querer assumir intervenção em estados com dificuldades ? disse Perillo, citando a necessidade de se buscar soluções locais e no Congresso. E completou:

? Não vai aparecer uma vara de condão para resolver problêmas crônicos, de colapso, em estados e municípios.

Perillo disse que a reunião com Meirelles tratou também de aval para financiamento externo de projetos para redução de gastos de Goiás e sobre um eventual encontro de contas com a União sobre créditos judicializados, entre outros temas.

? Nosso objetivo é termos recursos novos para fazermos planos de demissões voluntárias, para reduzirmos os gastos que temos hoje. O maior gasto que a maioria dos estados têm é com folha de pagamentos, então a ideia é pegarmos dívidas velhas e trocar por novas para financiar esses projetos.

O governador tratou com o ministro também do leilão da distribuidora de energia Celg, marcado para o dia 30. Na primeira ocasião em que foi a venda, a sociedade entre Eletrobras e governo do estado não encontrou compradores, mas as autoridades acreditam que agora será diferente.

? Tudo o que foi feito ao longo dos últimos meses para viabilizar o leilão está posto e agora é esperar que o resultado seja positivo.