Enquanto o Brasil inteiro se debruça sobre a reforma da Previdência e a equipe econômica conta até os centavos para conseguir fechar a conta e evitar o passo para o abismo no qual o País chegou à beira, alguns disparates chegam a ser ofensivos ao povo brasileiro. Em especial ao paranaense.
Por aqui, quem sentou na cadeira de governador, seja por semanas seja por mandato inteiro, tem direito a uma invejosa aposentadoria de mais de R$ 30 mil por mês. Dinheiro que sai dos cofres públicos, alimentados pelo contribuinte.
Hoje, recebem o benefício oito ex-governadores e três viúvas de ex-gestores, independente do tempo que cada um dedicou a governar o Estado, alguns deles ficaram apenas alguns meses na função.
A pressão foi grande e numa articulação que até tentou passar despercebida blindou esses ex.
É legal? É! É justo? Claro que não. É só fazer as contas. É só olhar para a realidade social do Estado, do País.
Além de que, boa parte desses “ex” não se aposentaram de fato, ou seja, acumularam outra(s) remuneração(ões) após o término do mandato. Só para citar como exemplo, Roberto Requião foi senador por dois mandatos seguidos, cujo salário também passa dos R$ 30 mil. Orlando Pessuti tinha cargos comissionados em instituições públicas e também garantia mais um generoso salário.
A esperança agora é que a discussão nacional – que já passou da hora de ser concluída – dê fim de vez a esse absurdo que se estende em vários outros entes públicos, fazendo com que o contribuinte seja cada vez mais sobretaxado para sustentar situações desse tipo.
