Política

Giro político do dia 28 de novembro de 2018

Fiscalização limitada

Mais uma derrota para o parlamento cascavelense: pelo “novo” Regimento Interno, os vereadores terão de selecionar muito bem o que pedir ao Executivo (leia mais na página 4). A sessão começou antes das 15h e às 18h30 o presidente Gugu Bueno pediu prorrogação por mais quatro horas. A principal discussão tratou do poder de fiscalização dos vereadores. Uma das emendas estabelecia que a cobrança de informações englobava presidentes de administração indireta e representantes de terceirizadas e concessionárias do serviço público: a base derrubou a emenda.

Espera aí!

O vereador Mauro Seibert soltou o verbo depois de quatro horas de discussão sobre essa brecha para que fossem prestadas informações por empresas que prestam serviço ao poder público. Foi duro ao mencionar os autores da emenda: “Paulo Porto que monte uma empresa e vai cuidar para ver como é difícil. Até hoje o senhor não fez isso. É fácil chegar o fim do mês e o senhor receber seu salário”. Também negou a palavra a Fernando Hallberg: “Escute um pouco, o senhor falou bastante”. Olavo Santos ironizou: “Será que esse dia está acontecendo?”

Bate, bate…

Paulo Porto duelou até o fim e criticou o MBSC (Movimento da Base Sempre Contra): “Parece que não há debate. O bloco veio para votar contra”. Rômulo Quintino disse que ele estava agindo com “falta de educação e agredindo os vereadores”.

Emendas retiradas

Porto retirou emenda que “não poderia voltar ao cargo de comissão o membro que perder a vaga” após conversa com Rômulo Quintino. O mesmo fez Sebastião Madril sobre a emenda que pedia autorização para porte de arma em plenário. Foram retiradas emendas que garantiam a participação do presidente na votação de eleição da Mesa Diretiva e que alteravam regras da Comissão Processante. Josué de Souza pediu a retirada da limitação de até cinco requerimentos de informações por mês por parlamentar – o texto final ficou em dez requerimentos por vereador.

*Os vereadores rechaçaram proposta de Madril de dividir o subsídio pelos dias da sessão – aumentando assim o valor do desconto da falta.

*Fica mantida a leitura da Bíblia no plenário, uma vez por mês, ou uma mensagem de paz, perdão, respeito e amor ao próximo após o Hino Nacional.

*Em licença particular superir a 30 dias o suplente assume o cargo; o texto original estipulava “acima de 60 dias”.

*Mudanças na Comissão de Justiça e Redação e de um texto que estabelecia punições a quem ofendesse populares que usarem a tribuna não passaram.