Política

Giro político do dia 17 de julho de 2019

Comissão de Ética será acionada

Na sessão de ontem, ficou no ar uma situação constrangedora: foi realizada a reunião da Comissão de Justiça e Redação para apreciar as emendas? O vereador Paulo Porto (PCdoB) pretende acionar a Comissão de Ética. Josué de Souza lembrou que na Casa de Leis há câmeras nos corredores que podem revelar quem está falando a verdade.

Manobra?

O voto contrário ao parecer da Comissão de Justiça dos vereadores Misael Júnior e Alécio Espínola levaram os parlamentares a entenderem que a emenda assinada por Josué de Souza fora feita por uma caneta do Paço. O mais natural era os parlamentares votarem a favor da avaliação da CCJ.

Seria a pressão?

Quando o parecer foi derrubado, os advogados foram embora, dando a entender que tinham perdido a guerra pelos honorários. A emenda acabou rejeitada pelo voto minerva do presidente Alécio Espínola, visitado horas antes pelos advogados.

Palavras ao vento

Indignado com a situação, o vereador Fernando Hallberg disparou: “Nunca foi tão claro. Nossas emendas sempre rejeitadas. Desde 2017 não víamos uma situação como essa, com emendas que nem sequer foram votadas. É brincadeira! Não importa o que se fala, votam sem ouvir argumentos. Se disserem: ‘tomate é laranja’, eles aceitam!”

Puxão de orelha

Difícil ver tantos advogados nas sessões, inclusive servidores públicos em horário de expediente. Mas a situação rendeu puxões de orelha: “Venham em outras sessões que não tenham discussões só de interesse da categoria”, convidou Hallberg. Já Sebastião Madril lembrou de uma cobrança que ele assumiu: o fim da taxa de proteção a desastres. “Quando pedi ao ex-presidente da OAB não tive respostas. O novo presidente, Jurandir Parzianello, também nunca respondeu aos ofícios e agora veio à sessão tratar de interesses da categoria”. Roberto Parra questionou a cobrança de vias da Vale Sim, o que não é permitido em lei. “Onde está a inconstitucionalidade dessas questões também?”

Respeitável público

Por pouco a discussão que levou mais de quatro horas não terminou em coisa pior. Olavo Santos provocou a ira de Mauro Seibert ao comparar a Câmara a um circo. “Não faço parte de circo, não sou palhaço. Não aceito que comparem meu trabalho a um circo”, disse, aos gritos, Seibert. Pelas redes sociais, o vereador Valdecir Alcântara fez a festa e publicou vídeo alegando que a decisão revelaria quem estava a favor e quem estava contra o povo.