Cotidiano

Gilmar diz que julgamento de ação que pede cassação da chapa Dilma-Temer pode ficar para o segundo semestre de 2017

63408451_Brasil Brasília BsB DF 19-12-2016 - Presidente do TSE Ministro Gilmar Mendes na última.jpgBRASÍLIA – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, não descarta a possibilidade de o julgamento que pode cassar a chapa Dilma-Temer na Corte ficar para o segundo semestre do ano que vem, em função das delações da Odebrecht. Segundo Gilmar, que é ministro do Supremo Tribunal Federal, na medida em que surgirem informações sobre doações da empreiteira na última campanha, é possível que novas frentes de investigação se abram no processo que apura suposto abuso de poder político e econômico nas últimas eleições.

Delação Odebrecht ? 19/12

– Estou fazendo uma estimativa que, mantidas as condições de temperatura e pressão, podemos julgar no primeiro semestre. Se houver alongamento da discussão probatória, se o relator entender que temos que aprofundar, inclusive por causa das delações da Odebrecht, certamente teremos desdobramentos nessa fase – afirmou Mendes.

O relator do caso no TSE, ministro Herman Benjamin, anunciou na semana passada que, apesar do esforço de várias instituições para colher depoimentos e produzir provas, ainda havia perícias e outros pontos da investigação pendentes. Por isso, o caso ficaria para 2017.

A ação contra a chapa vencedora foi apresentada pelo PSDB. Para Gilmar Mendes, as investigações dentro e fora do âmbito do TSE mostram um “mosaico” de situações que precisarão ser analisadas. Ele diz que, antes de fazer qualquer inferência sobre declarações de delatores a respeito de doações eleitorais, será necessário investigar para fazer distinções:

– A simples doação de caixa 2 não significa a priori propina ou corrupção. Como a simples doação supostamente legal não significa algo regular – disse o ministro.