Economia

Geração de emprego desacelera em agosto, mas saldo no ano é positivo

Região perdeu 5.645 postos de trabalho desde o início da pandemia

Geração de emprego desacelera em agosto, mas saldo no ano é positivo

Cascavel – A região oeste fechou agosto com saldo positivo na geração de emprego com carteira assinada. Embora menor que o registrado nos dois meses anteriores, ajudou a reverter o resultado negativo do acumulado do ano. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados ontem (30) pelo Ministério do Trabalho.

No mês, os 50 municípios da mesorregião geraram 885 empregos com carteira assinada. No ano, o saldo é de 559 e, no período da pandemia (a partir de março), ainda são 5.645 vagas encerradas.

Com movimentos mais sutis que os observados em julho e julho, 16 dos 50 municípios ainda tiveram saldo negativo em agosto, quando ocorrem mais demissões que contratações. A situação mais crítica continua sendo Foz do Iguaçu, que, no ano, acumula 6.604 postos de trabalho fechados, sendo mais de 7 mil quando considerado apenas o período da pandemia do novo coronavírus.

Esse foi o sexto resultado negativo seguido no ano, mas bem menor que o dos meses anteriores. Em agosto, Foz teve 109 vagas fechadas, contra 696 em julho. O período mais crítico foi em abril, no auge da quarentena, quando mais de 3 mil trabalhadores perderam seus empregos registrados.

Cascavel também acumula saldo negativo na pandemia: 2.005 vagas fechadas. Mas, no ano, o saldo é positivo (228). Contudo, o Município fechou agosto no vermelho (-29).

No ano, 16 cidades seguem com saldo negativo. Considerado apenas o período da pandemia, sobe para 22.

Crescimento

Três municípios continuam se destacando na região. Em plena crise, Matelândia, Toledo e Palotina alocaram mais trabalhadores no mercado formal. Dessas, apenas Toledo ainda tem saldo negativo no período da pandemia (-262), embora Matelândia tenha fechado agosto com o fechamento de 48 postos de trabalho.

Agosto tem melhor resultado do ano

 

O Paraná registrou o melhor mês do ano, com a abertura de 17.061 vagas em agosto. Contudo, no acumulado dos 8 meses, o saldo ainda é negativo (-16.843) e, considerando a partir do início da pandemia, mais de 63 mil trabalhadores foram demitidos.

No Brasil, agosto também foi o melhor do ano, com a geração de 249.388 empregos, segundo mês seguido de contratações. Contudo, no ano são 849 mil vagas fechadas e, desde a pandemia, mais de 1,1 milhão.

Em agosto, os cinco setores da atividade econômica analisados pelo Caged tiveram saldo positivo. A indústria liderou a geração de empregos formais, com a criação de 92.893 vagas, seguida por construção (50.489), comércio (49.408), serviços (45.412) e agropecuária (11.213).