Cotidiano

Geada ?livrou? soja do vazio sanitário

Desde o dia 15 de junho até o dia 15 de setembro os agricultores do Paraná estão proibidos de manter qualquer planta de soja no campo

Cascavel – A geada que assustou muitos produtores rurais em Cascavel pode ter sido benéfica para os agricultores que ainda tinham alguns resquícios de soja ou a oleaginosa que nasceu voluntariamente em suas terras. A afirmação é do engenheiro agrônomo e fiscal de defesa agropecuária da Seab (Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento), Américo Onaka. “As geadas consecutivas ao longo de uma semana mataram as pequenas plantas. Provavelmente não teremos produtores autuados este ano”.

Desde o dia 15 de junho até o dia 15 de setembro os agricultores do Paraná estão proibidos de manter qualquer planta de soja no campo. É o período chamado de vazio sanitário, que tem como objetivo controlar a proliferação do causador da ferrugem asiática. O produtor que for flagrado com plantas em sua terra poderá ser multado, no valor que oscila de R$ 8.565 a R$ 15.413.

Segundo Américo, o cuidado maior tem que ser tomado pelos agricultores que estão fazendo a colheita da segunda safra de soja. “Mas, de acordo com as previsões de um inverno rigoroso, com baixas temperaturas e geadas, o flagrante de propriedades com soja este ano deve ser praticamente nulo”.

Conforme o engenheiro, durante os três meses de vazio sanitário no ano passado, em toda área de atuação da Seab em Cascavel, que compreende 28 municípios, 19 propriedades rurais foram autuadas. “Os fiscais estão a campo, vistoriando as terras da regional e, caso alguém flagre soja em algum ponto, pode denunciar”.

O Paraná é o segundo maior produtor de soja do País, com volume de produção de 15,26 milhões de toneladas e área plantada de 4,5 milhões de hectares.