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Gabriel Jesus se firma como camisa 9 da seleção brasileira

Vavá, Careca, Romário, Ronaldo, Adriano… O Brasil tem uma linhagem de grandes centroavantes que brilharam com a camisa da seleção brasileira. Mas a saída de cena precoce de Adriano gerou um buraco na função do chamado camisa 9 que nunca foi plenamente preenchida por nomes como Vágner Love, Luis Fabiano e Fred. Agora, com Tite, parece que a posição ganhou um titular absoluto.

Atacante do Palmeiras, mas já de malas prontas para ir para o Manchester City de Pep Guardiola, Gabriel Jesus vem conseguindo com apenas 19 anos ter sucesso com uma camisa que talvez só não tenha mais peso na seleção brasileira que a 10.

Na madrugada desta quarta-feira, o atacante fez mais um gol, o seu quarto pelo Brasil, na vitória sobre o Peru por 2 a 0 no Estádio Nacional de Lima. Além dos gols, o jogador está se entendendo muito bem com Neymar no ataque da seleção. Contra a Argentina, foi dele o passe para o gol do camisa 10, o segundo do Brasil, no Mineirão.

O centroavante disse que não imaginava alcançar tão rapidamente o sucesso na seleção.

– Não imaginava. Sei que trabalhando firme as coisas vão fluir, vou ter oportunidades. É trabalhar e esquecer o extracampo, focar no jogo sempre – afirmou.

Gabriel Jesus poderia ter tido a sua primeira experiência na seleção com o técnico Dunga. Mas ao perder a chance de fazer o visto americano, ele não pode ser convocado pelo então treinador para a disputa da Copa América Centenário nos Estados Unidos em substituição ao lesionado Douglas Costa. Assim, a sua primeira oportunidade na seleção principal acabou sendo com Tite.

Vindo do sucesso na conquista do ouro olímpico no Rio-2016, quando marcou três gols (um contra a Dinamarca e dois contra Honduras), o jogador foi imediatamente chamador por Tite em sua primeira convocação como novo técnico do Brasil.

Logo na estreia, não decepcionou. Marcou dois gols na vitória de 3 a 0 sobre o Equador, em Quito. Uma primeira impressão que fez o técnico não o tirar mais da equipe. Hoje o jogador tem quatro gols em seis jogos pela seleção principal (média de 0,66).

– Venho trabalhando calado, quieto, querendo ajudar meus companheiros e o Brasil. Em se tratando de Brasil, tem muito jogador de qualidade para vestir a 9, fico orgulhoso de ter essa oportunidade de vestir essa camisa consagrada – encerrou.