Cotidiano

Funeral de vítima de Orlando é interrompido por protesto homofóbico

201606190922374974_AP.jpg ORLANDO ? O funeral de uma das vítimas do ataque à boate gay de Orlando teve um protesto homofóbico no último sábado. No enterro de Christopher Leinonen, manifestantes de um grupo anti-gay do Kansas ficaram parados em silêncio por cerca de 45 minutos. O massacre, que aconteceu há uma semana, deixou 49 vítimas fatais ? e alimentou o debate sobre a discriminação sexual nos EUA. orlando

Os manifestantes tiveram a visão à cerimônia bloqueada por cerca de 200 pessoas que contiveram os protestos. Os presentes respiraram aliviados quando o grupo foi embora.

Em outro funeral, uma motorista impaciente foi acusado de ferir duas autoridades. A procissão pelas ruas de Kissimmee, a 32 quilômetros de Orlando, foi cortada pelo automóvel, segundo autoridades. As autoridades foram levadas ao hospital em condições estáveis.

No mesmo dia, o presidente americano, Barack Obama, fez um apelo pela tolerância após o ataque à boate gay Pulse em Orlando. Ele pediu que os pais ensinem seus filhos a amar as pessoas e as suas diferenças ? e não odiar e temer valores distintos dos seus.

Em seu pronunciamento semanal, Obama disse que pensou muito na famílias que tiveram que explicar às cianças a morte de 49 pessoas na casa noturna Pulse.

? Precisamos que nossos filhos nos ouçam falar sobre a importância da tolerância e da igualdade, sobre as ocasiões em que a sua ausência marcou a nossa história e sobre como a maior compreensão melhorará o futuro que eles herdarão ? disse Obama na mensagem antes do Dia dos Pais nos EUA.

O presidente ainda lamentou o silêncio e a falta de ação após ataques armados que já fizeram muitas vítimas fatais. Por isso, pediu aos pais que também falem sobre o perigo das armas às novas gerações.

? Como pais, devemos lembrar que há uma responsabilidade que sempre podemos satisfazer: nossa obrigação de dar a nossos filhos amor e apoio incondicional, mostrar a diferença entre o bem e o mal e ensinar a amar, e não a odiar, além de apreciar nossas diferenças não como algo a ser temido, mas como um grande presente.