Política

Fundo eleitoral.TSE recebe R$ 2 bi para financiar as campanhas eleitorais

O valor deve ser distribuído entre os partidos políticos para custear as campanhas dos candidatos a prefeito e vereador deste ano

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Brasília – O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recebeu nessa segunda-feira (1º) R$ 2.034.954.824 de recursos do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha), também conhecido como Fundo Eleitoral. O valor deve ser distribuído entre os partidos políticos para custear as campanhas dos candidatos a prefeito e vereador deste ano. O pleito está marcado para outubro, mas as eleições ainda são incertas devido à pandemia do novo coronavírus.

Inclusive, no Congresso, chegou-se a cogitar que esses recursos fossem usados para financiar ações de combate à covid-19, mas a discussão não avançou.

Os recursos do fundo devem ser empregados pelos partidos no financiamento das campanhas nas eleições municipais de outubro, devendo ao menos 30% ser destinado às candidaturas femininas. O fundo é constituído por valores do orçamento da União em ano eleitoral.

Contra o tempo

Ainda sem saber ao certo quando e como serão realizadas as eleições deste ano, o TSE tem agora 15 dias para divulgar o valor a que cada legenda terá direito, de acordo com a lei eleitoral. O tribunal já iniciou os cálculos para saber quanto cada sigla receberá.

Na edição de ontem do DOU (Diário Oficial da União) foi divulgado o extrato de TED (Termo de Execução Descentralizada) em que o TSE comunicou estar pronto para receber os recursos do Fundo Eleitoral. O passo seguinte foi justamente o repasse do dinheiro ao Tribunal, o que aconteceu em seguida.

Como funciona

Após o TSE definir a cota do fundo que caberá a cada partido, mediante solicitação a cada uma das legendas, será feita a transferência dos recursos para uma conta aberta pelo diretório nacional do respectivo partido para atender unicamente a essa finalidade.

Os recursos do Fundo Eleitoral ficarão à disposição do partido político somente depois de a sigla definir critérios para sua distribuição. Esses critérios devem ser aprovados pela maioria absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional da sigla, e precisam ser divulgados publicamente.

As verbas do fundo que não forem utilizadas nas campanhas eleitorais deverão ser devolvidas ao Tesouro Nacional, integralmente, no momento da apresentação da respectiva prestação de contas.

Divisão

Na reforma eleitoral de 2017, o Congresso Nacional criou o Fundo Especial de Financiamento de Campanha com o objetivo de destinar recursos do Tesouro Nacional para que os candidatos a cargos eletivos pudessem divulgar suas propostas aos eleitores.

Do total de recursos do Fundo Eleitoral, 2% são distribuídos igualitariamente entre os partidos. A partir daí, o restante é distribuído conforme a representação da legenda no Congresso Nacional: 35% são destinados aos partidos que elegeram pelo menos um deputado federal, na proporção dos votos obtidos na última eleição geral; 48% são distribuídos proporcionalmente à representação de cada legenda na Câmara dos Deputados; e os 15% restantes são divididos entre os partidos com base na proporção da representação no Senado Federal.