Curitiba Um dia depois de se animarem com a notícia de um incremento de 16,4% no volume de repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) do primeiro bimestre deste ano, os prefeitos paranaenses receberam ontem uma notícia ruim com a publicação do reajuste do piso nacional dos professores no Diário Oficial da União.
O percentual de reajuste do piso dos educadores (7,64%) foi superior ao do Fundeb, principal fonte dos recursos usados no pagamento da folha da educação. O crescimento do piso também ficou 1,35% acima da inflação acumulada de 2016.
A AMP (Associação dos Municípios do Paraná) fez as contas e chegou à conclusão de que o piso do magistério acumulou variação de 124,8% entre 2009 e 2016, enquanto a receita do Fundeb cresceu apenas 102,6% nesse período. A diferença está sendo paga pelas prefeituras.
O presidente da AMP, Ricardo Ortina, disse que reconhece a importância de remunerar bem os professores, mas manifestou preocupação com a dificuldade de muitas prefeituras para pagar o novo piso. Ninguém questiona a necessidade de remunerarmos bem nossos professores. O problema é que a receita do Fundeb não acompanha o aumento do piso. Isto é preocupante devido à crise enfrentada pelas prefeituras, sobretudo nos dois últimos anos, quando houve retração da atividade econômica e dos repasses feitos aos municípios, comentou.
