Policial

Funcionários denunciam falta de estrutura em delegacias do Rio

RIO – As delegacias do estado suspenderam o registro de ocorrências durante todo o dia nesta segunda-feira. O objetivo era chamar a atenção para a falta de estrutura e de condições de trabalho.

Na 6ª DP (Cidade Nova), os funcionários contam que já não tem mais equipe de limpeza, e os policiais precisaram fazer uma 'vaquinha' para pegar pela faxina. Apenas uma impressora está funcionando, e os carros são estão saindo em caso de emergência.

Na delegacia da Gávea, uma parede está totalmente coberta pelo mofo. Na 5ª DP (Gomes Freire), há relatos de falta de papel e de um buraco no telhado. As impressoras também estão sem funcionar por falta de tinta.

Na 10ª DP (Botafogo), ninguém quis falar, mas na porta da delegacia foi afixada a uma carta aberta à população feita pelo Sindicato dos Delegados do Rio (Sindelpol) que afirma que não há condições de trabalho na Polícia Civil, e que o protesto acontece pela “absoluta impossibilidade de atender aos cidadãos e prosseguir com as investigações de crimes que atingem diariamente o povo do nosso estado”.

PROTESTO NO CENTRO DO RIO

Cerca de 500 policiais civis do estado realizaram uma manifestação, na tarde desta segunda-feira, no Centro do Rio. O grupo caminhou da sede da chefia da Polícia Civil, na Rua Gomes Freire, até o prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Mais cedo, agentes penitenciários do Complexo de Gericinó, em Bangu, realizaram uma mobilização na entrada do local. Eles revistam todos os visitantes e veículos de funcionários dos presídios que entram pelos portões, além de bolsas destinadas à custódia, com o auxílio de scanners. Com isso, nesta manhã, longas filas se formaram na porta do complexo, tanto de visitantes, quanto de veículos.

No Galeão, um grupo de bombeiros e policiais civis e militares fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira dentro do terminal 2, na área de desembarque do aeroporto, na Ilha do Governador. Com salários atrasados, os servidores reclamam das péssimas condições de trabalho. Os cerca de 30 manifestantes saíram por volta de 8h da Praia de São Bento, na Ilha do Governador, e caminharam até o aeroporto, carregando duas faixas. Uma delas, em inglês, trazia a mensagem: “Welcome to hell” (Bem vindo ao inferno).