Cotidiano

Freixo:?Quem tem que mudar não sou eu, é a cidade?

RIO ? Ao assinar um documento se comprometendo com o equilíbrio fiscal e com o diálogo com os governos estadual e federal, o candidato do PSOL à prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, negou ontem que esteja suavizando suas propostas, e caminhando da esquerda para o centro, na tentativa de se eleger.

? Quem tem que mudar não sou eu, é a cidade. Se eu cheguei até aqui, no segundo turno, com chances de vencer, não sou eu quem tem que mudar. Eu tenho é que ouvir. Não seria justo nem honesto da minha parte tentar ser outro neste momento da campanha ? disse ele.

Freixo escolheu um encontro com empresários e associações do setor de turismo para assinar a carta de intenções, intitulada ?Compromisso com o Rio: coragem para mudar?.

Ele rechaçou qualquer paralelo com a ?Carta ao Povo Brasileiro? divulgada por Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2002, com o objetivo de acalmar o mercado financeiro em relação à perspectiva dele ser eleito presidente da República.

? Eu nunca tive uma imagem radical, então não preciso ter essa preocupação. A gente tem um programa, que é viável, propõe uma mudança profunda na cidade, uma cidade mais justa, honesta, transparente, eficiente. Isso não é prova de estreiteza, mas de capacidade de diálogo e de escuta, que o Rio está precisando hoje ? disse Freixo.

O candidato do PSOL afirmou que o documento é um resumo de seu programa de governo, ainda pouco conhecido pela sociedade, segundo ele. O texto ratificado ontem tem sete itens. Um deles é o compromisso com um secretariado técnico, sem indicação política, para a prefeitura.