Saúde

Foz do Iguaçu define Plano de Contingência para reabertura da Ponte da Amizade

Criação 70 novos leitos de UTI, aquisição de equipamentos e contratação de equipes médicas fazem parte da estratégia de atendimento

Foz do Iguaçu define Plano de Contingência para reabertura da Ponte da Amizade

A Prefeitura de Foz do Iguaçu e o Governo do Estado do Paraná definiram um Plano de Contingência para o enfrentamento da covid-19 com a reabertura da Ponte Internacional da Amizade, prevista para quinta-feira (15). O documento será enviado nesta terça-feira (13) ao Ministério da Saúde.

O Plano prevê a criação de 70 novos leitos de UTI (Unidade de Pronto Atendimento) covid-19, sendo 50 no Hospital Municipal e 20 na Macrorregional Oeste; implantação de uma unidade móvel na cabeceira da Ponte da Amizade para triagem dos pacientes; ampliação da testagem com aquisição de insumos; novos equipamentos, como camas elétricas, monitores, ventiladores pulmonares, aparelhos de ultrassom, além da contratação de equipes, incluindo médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem.

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Os números levam em consideração a média populacional de Alto Paraná (Paraguai), onde vivem cerca de 736 mil habitantes. Deste total, estima-se que 96 mil sejam brasileiros residentes no Departamento. Somados a população da Regional (430 mil habitantes), estima-se que 1,2 milhão de habitantes necessitem de cobertura hospitalar. “Tendo em vista que o Governo do Estado adotou o critério de 1 leito de UTI para cada 10 mil habitantes, nós precisaríamos acrescentar 70 leitos na nossa rede para dar conta do atendimento. Para a ampliação no Hospital Municipal, teremos que realocar os casos leves de trauma para outro hospital”, adiantou o vice-prefeito, Nilton Bobato. O custo mensal desta nova estrutura seria de R$ 6,3 milhões, além de 7 milhões em investimentos (equipamentos e insumos).

Novas equipes
O Ministério da Saúde se propôs a disponibilizar um cadastro de profissionais médicos do país para que o município faça a contratação. “Não há uma política nacional de contratação direta, ou seja, não existem instrumentos legais para ajudar com pessoal, por isso estamos cobrando estas garantias para buscar soluções”, ressaltou Bobato.

A maior preocupação, segundo ele, é com recursos humanos no enfrentamento à pandemia. “O sistema de saúde não dará conta sem a estrutura e o maior problema não é financeiro, mas a falta de recursos humanos no Paraná como um todo. Não há médicos intensivistas e profissionais com experiência em UTI disponíveis. O Governo Federal assumiu o compromisso deste financiamento, mas sem os recursos humanos, não conseguiremos viabilizar tudo isso”, ressaltou.

Demandas
Para o diretor de gestão de saúde da Secretaria de Estado do Paraná, Vinicius Filipak, é preciso avaliar a demanda de paraguaios e brasiguaios que buscarão atendimento em Foz. “É uma tarefa grande, de muita responsabilidade, mas que juntos conseguimos fazer. Nós temos 11 milhões de habitantes no Paraná e não tivemos falta de assistência para essas pessoas. Foz tem uma estrutura muito forte, por isso acreditamos ser possível trabalhar com esse quantitativo. Criar leitos não é algo simples, vamos tentar achar equilíbrio para ver quanto de fato virá com essa demanda”, afirmou.

O HMPGL é referência para toda a região, sendo também unidade sentinela de vigilância epidemiológica. A Unidade dispõe atualmente de 40 leitos de UTI Covid e 40 leitos de enfermaria, além de 12 leitos de isolamento transitório.

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