BR-163
Realeza – Para quem trafegava pela BR-163 sentido sudoeste do Paraná, passando pela ponte do Rio Iguaçu no Distrito de Marmelândia, no Município de Realeza há alguns anos, a lembrança que deve vir à memória é de uma estrutura com riscos iminentes, rachaduras e debilidades de uma base que ruía. Em 2013 o TRF 4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), de Porto Alegre, determinou que a obra fosse vistoriada para apurar as condições de segurança atendendo a uma ação civil pública ajuizada pelo MPF (Ministério Público Federal).
Depois disso, em 2014, a estrutura passou por uma reforma, ganhou mais segurança e a edificação por lá que rouba a cena agora é a da construção da segunda ponte, bem ao lado da outra.
A obra faz parte da duplicação dos 74 quilômetros da BR-163, de Cascavel até Marmelândia. Toda a obra está orçada em R$ 549 milhões e até o momento metade dos serviços foi concluída, mas apenas 20 quilômetros do trecho foram liberados para tráfego.
Quanto à ponte, os trabalhos por lá começaram em agosto do ano passado, onde o consórcio que realiza a duplicação montou uma verdadeira força-tarefa. A entrega dessa estrutura está prevista para meados do ano que vem e toda a duplicação promete ser concluída até o fim de 2019, mas os serviços neste ponto precisam ser acelerados porque em novembro haverá o alagamento do reservatório para o início dos trabalhos da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu e, assim, o nível do rio deverá subir expressivamente. Isso dificultaria e encareceria os trabalhos na ponte. E como dinheiro não é algo em abundância na duplicação, os serviços na ponte seguem a todo vapor com a maior frente de trabalho em todo o percurso.
Segundo a Superintendência do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Paraná, os serviços correspondem à “construção da mesoestrutura com a colocação dos pilares e dolfins de proteção dos pilares”.
Estima-se que mais a metade da nova ponte, que terá 500 metros de extensão com 18 de altura, esteja pronta.
As expectativas se voltam à liberação de mais recursos para dar sequência aos trabalhos. A reportagem apurou que ainda faltam quase R$ 300 milhões para a conclusão da duplicação e que os R$ 70 milhões liberados neste ano seguiram parte para o caixa da empresa para repor recursos que o próprio consórcio havia desembolsado para custear os serviços ainda no ano passado e parte para as frentes de trabalho em andamento, mas que eles estão próximos do fim. Não há outro recurso para esse trecho previsto no orçamento da União para este ano, nem mesmo como emendas parlamentares impositivas. Líderes regionais tentam assegurar verba no orçamento da União de 2019 para que os serviços tenham continuidade.
Juliet Manfrin
Foto: 07 milho
DIVULGAÇÃO
Legenda: Ritmo de trabalho segue acelerado na construção da segunda ponte sobre o Rio Iguaçu
